quarta-feira, 25 de julho de 2012

São José dos Campos 
GM fecha fábrica e demite 2 mil trabalhadores
Sindicato da categoria, dirigido pelo PSTU, não fez nada para defender os trabalhadores e impedir a demissão em massa 

25 de julho de 2012
Na última semana, a GM anunciou o fechamento da fábrica em São José dos Campos e a demissão em massa de mais de dois mil trabalhadores. A GM afirma que não pretende mais “investir” na unidade de São José dos Campos.
Depois de abrir o segundo programa de demissão voluntária (PDV), a empresa fechou a fábrica na última terça-feira, dia 24. As oito fábricas que compõem o complexo industrial da cidade fecharam as portas e o ato contra as demissões marcado em frente à fábrica foi cancelado pelo sindicato, dirigido pelo PSTU.
O sindicato tenta negociar a permanência de uma das fábricas do complexo, com 1,5 mil trabalhadores. O complexo de São José dos Campos possui um total de 7,5 mil funcionários.
A GM já anunciou que a licença remunerada vale para esta terça-feira. A empresa trancou os portões e colocou seguranças na porta da empresa desde as 3h da madrugada quando os trabalhadores receberam a informação da dispensa remunerada.
O representante da empresa declarou: “A empresa considerou as fortes evidências - nas últimas horas e dias - de mobilizações internas no Complexo e entende que o momento atual é delicado e prefere não expor seus empregados a eventuais incitações e provocações comuns”.
A GM reconhece a possibilidade de ocupação da fábrica pelos operários, diante das demissões em massa, o que mostra o caráter abertamente patronal da política da direção do sindicato, encabeçada pelo PSTU, ao não fazer nada para defender os trabalhadores.
A empresa já preparava o terreno para a demissão em massa quando no ano passado demitiu 356 trabalhadores por meio de um programa de demissão voluntária (PDV), também na época, o sindicato não fez nada.
Talvez um dos casos mais emblemáticos seja o das demissões da Embraer em 2009, quando 20% de um total de mais de 20 mil trabalhadores foram demitidos e o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos, não só não fez nada, como colocou a culpa na suposta falta de mobilização da categoria.
Desta vez, o filme se repete com os metalúrgicos de São José dos Campos, mas a própria empresa reconhece que os trabalhadores podiam ocupar a fábrica.
Diante dessa situação extremamente grave, a única coisa que o sindicato fez foi uma greve de apenas 24 horas. O momento era propício para uma ocupação da fábrica, no entanto, como qualquer sindicato dirigido pela máfia da Força Sindical ou do PCdoB ou pelos pelegos e traidores dos trabalhadores do PT, o PSTU aceitou as demissões e reduziu as atividades do sindicato a negociações com a empresa até o resultado visto ontem: diante das demissões e do fechamento da fábrica, a direção do sindicato suspendeu o protesto. 

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